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Tensão do silêncio se mostra mais barulhenta do que nunca em Um Lugar Silencioso

Filme da franquia criada por John Krasinski, Um Lugar Silencioso: Parte II traz mais tensão e imersão com ajuda de uma montagem excelente

[Contém spoilers do primeiro filme da franquia Um Lugar Silencioso]

Segundo filme da franquia, Um Lugar Silencioso: Parte II (2020) traz ainda mais tensão com o uso do silêncio e cria uma enorme conexão do espectador com a trama pela ótima montagem. Assim, o público não consegue relaxar nem por um segundo – mas no melhor sentido possível.

Dirigido por John Krasinski, o filme mostra a família Abbott após os acontecimentos do primeiro longa, como a morte de Lee (John Krasinski). Agora, além de precisarem lutar pela sobrevivência – em silêncio – por causa das criaturas, novas ameaças surgem no caminho.

Um Lugar Silencioso: Parte II começa da melhor maneira: apresentando-nos a vida da população antes da chegada das criaturas. A sequência de abertura conta com longos planos muito bem dirigidos e coreografados, os quais emergem o público na situação tirando o fôlego de qualquer um.

Mesmo sabendo quem sobrevive ou não, a cena não perde importância, pois tem a duração exata para apenas explicar um pouco mais da história, introduzir sutilmente novos personagens – como Emmet, interpretado por Cillian Murphy – e mostrar como o novo filme pretende causar muita tensão e um maior envolvimento do público com a trama já conhecida.

Como visto anteriormente, Krasinski usa o silêncio para criar uma atmosfera de suspense ao tirar completamente o som das cenas mais aterrorizantes. Nesse longa, a técnica é aprofundada e o espectador se sente cada vez mais na pele da filha do casal, Regan Abbott (Millicent Simmonds), quem é surda e se torna a grande estrela de Um Lugar Silencioso: Parte II.

A relação dela com Emmet (Cillian Murphy) é a grande descoberta do filme, e é responsável por fazer a história andar. O novo personagem não é um substituto de Lee, o pai dela, mas é belíssima a maneira na qual os dois aprendem a se comunicar aos poucos, apesar das dificuldades. A afeição não veio logo de primeiro momento, mas o instinto de sobrevivência, e até mesmo a necessidade de ter alguém para confiar, tornam o relacionamento dos dois a parte mais especial do longa.

Como visto anteriormente, Krasinski usa o silêncio para criar uma atmosfera de suspense ao tirar completamente o som das cenas mais aterrorizantes. Nesse longa, a técnica é aprofundada e o espectador se sente cada vez mais na pele da filha do casal, Regan Abbott (Millicent Simmonds), quem é surda e se torna a grande estrela de Um Lugar Silencioso: Parte II.

A relação dela com Emmet (Cillian Murphy) é a grande descoberta do filme, e é responsável por fazer a história andar. O novo personagem não é um substituto de Lee, o pai dela, mas é belíssima a maneira na qual os dois aprendem a se comunicar aos poucos, apesar das dificuldades. A afeição não veio logo de primeiro momento, mas o instinto de sobrevivência, e até mesmo a necessidade de ter alguém para confiar, tornam o relacionamento dos dois a parte mais especial do longa.

Contudo, os demais personagens, como Evelyn (Emily Blunt) e Marcus (Noah Jupe), não são esquecidos mesmo tendo arcos diferentes. Evelyn se mostra muito mais determinada na luta pela sobrevivência, mesmo estando sozinha cuidando dos filhos, e Marcus ganha maturidade nesse longa, mas isso não o isola de tomar algumas atitudes irresponsáveis. Contudo, cada ação tomada pelos personagens é essencial na construção da tensão, pois bem pensadas ou não, podem levar à morte de algum integrante da família.

Tantos arcos acontecendo ao mesmo tempo não se perdem pelo excelente trabalho de montagem do filme. Provavelmente o aspecto que dá o tom especial da produção, a edição consegue juntar os pontos de clímax de todos os personagens ao mesmo tempo. Além de ninguém ser deixado de lado, o fato de todos viverem os momentos mais angustiantes simultaneamente, mesmo distantes fisicamente, torna o longa muito mais apreensivo.

Um personagem correndo perigo já é motivo suficiente para deixar o público apavorado, mas as sequências conseguem trazer todos em situações estressantes ao mesmo tempo, intercalando as cenas, e, assim, deixando qualquer um que assiste ao filme com o coração acelerado.

Um Lugar Silencioso: Parte II acerta em quase tudo, mas peca na hora da finalização. Por ser uma franquia de sucesso, é normal o diretor pensar em deixar um gancho para a realização de outra sequência. Contudo, o encerramento é aberto demais, e pode causar um enorme estranhamento dos fãs ao ser um final muito abrupto o qual levanta diversas perguntas, as quais ficam sem respostas.

Caso Krasinski optasse por acrescentar alguns minutos a mais no filme, provavelmente, o problema seria resolvido e mais da história poderia ser explicada. No entanto, tiraria a curiosidade dos espectadores para Um Lugar Silencioso: Parte III, o qual tem enormes chances de sair do papel.

O novo longa não perde em nada para a primeira sequência e, além disso, acrescenta tensão, imersão e faz os fãs terem mais carinho – e medo – pela vida dos personagens. Certamente, quem assistir Um Lugar Silencioso: Parte IInos cinemas vai sentir diversas sensações ao longo do filme, e, com certeza, vão perceber a angústia do silêncio como nunca antes.

Distribuído pela Paramount, Um Lugar Silencioso: Parte II tem estreia prevista para 22 de julho nos cinemas brasileiros.

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